O pessoal mobilizado da Cruz Vermelha na Revolta da Madeira, fotografia Perestrellos, abril de 1931, Madeira, Funchal, ilha da Madeira
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O pessoal mobilizado da Cruz Vermelha
A centro e de chapéu alto, o Dr. Alexandre da Cunha Teles (1891-1936), presidente da Cruz Vermelha Portuguesa no Funchal, o Dr. Américo Durão (1894-1984) e as Guias de Portugal, fundadas em 1929, por Carolina Rocha Machado (1901-1986).
Fotografia Perestrellos, Madeira, Revolta da Madeira, abril de 1931.
Museu de Fotografia da Madeira, Atelier Vicente's, em depósito na DRABM.
Hospital da Santa Casa da Misericórdia do Funchal, Avenida Arriaga, Funchal, ilha da Madeira.
Alexandre da Cunha Teles (Funchal, 15 maio 1891; Lisboa, 18 mar. 1936), advogado, escritor e filantropo, era filho do general Norberto Jaime Teles (1852-1936) e de D. Margarida da Cunha Teles, tendo casado em 1925 com Anne Kristine Stephanie Wera Beranger Cohen (1900-1985), dinamarquesa, cantora lírica e professora de canto, que estudara em Paris, tendo sido pais da pintora Martha Telles (1930-2001), do realizador António da Cunha Teles (1935-23 de novembro de 2022) e de outros filhos.
Américo Durão, nascido em Torres Novas, a 25 de novembro de 1894, notabilizou-se na Madeira enquanto cirurgião, com especialidade em ortopedia, tendo fundado uma clínica médico-cirúrgica na freguesia de Santo António, onde atualmente se encontra o Hotel Quinta das Vistas Palace Garden. Durante a sua atividade profissional, Américo Durão desenvolveu igualmente técnicas e materiais de osteossíntese inéditas, que lhe valeram o reconhecimento da comunidade médico-científica internacional. A conceção destes elementos foi idealizada por si, com base em alguns conceitos de construção naval, que era uma das suas grandes paixões. Entre outras iniciativas, o Dr. Américo Durão foi um dos sócios fundadores do Clube Naval do Funchal e era proprietário de algumas embarcações de recreio, entre elas, o mítico iate “Albatroz”. Empreendedor nato, desenvolveu também diversas atividades económicas na região e esteve associado às mais variadas ações beneméritas, nomeadamente como médico, desde a sua incorporação como alferes e tenente médico miliciano no Corpo Expedicionário Português (CEP) em França, em 1918 e 1919, depois no Hospital de Sangue, na Revolta da Madeira de 1931, com o Dr. Alexandre da Cunha Teles (1891-1936) e como mecenas, entre outras instituições, dos Bombeiros Voluntários Madeirenses. Faleceu no Funchal, a 31.07.1984.
Maria Carolina Vieira de Castro Rocha Machado (1 jul. 1901; 18 mar. 1986), filha do banqueiro Henrique Augusto Vieira de Castro (1869-1926) e de Alegria Adida Vieira de Castro, veio a casar, aos 16 anos anos, a 6 jun. 1918, com o também banqueiro Luís da Rocha Machado (II) (1890-1973), então de 27 anos de idade. Um das filhas do casal, Helena do Carmo Rocha Machado, veio a casar com Fernando José de Almeida Couto (1924-2005). Foi agraciada com a ordem de mérito pela comissão central da Cruz Vermelha Portuguesa a 21 out. 1964 e, de novo, a 1 jul. 1970, quando foi descerrado o seu retrato na sala de convívio da secção auxiliar feminina na sede, hoje ao Largo da Cruz Vermelha; e a 18 set. 1979, pelas Guias madeirenses, de era chefe havia muitos anos, no 50.º aniversário do Guidismo na Madeira.