Fragmento de saleiro bini-português de coleção privada portuguesa, Benim, 1550 (c.), Portugal.
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Descrição
Fragmento de saleiro bini-português.
Com militar com capacete do tipo morrião e com espingarda
Marfim de elefante entalhado, 10.2 x 7.6 x 7.6 cm.
Oficina bini-portuguesa, 1550 (c.)
Benim, Nigéria
Peça de que há versão também em fragmento na do coleção Museu Nacional de Arte Africana (NMAfA, 2005-6-36), Washington D.C., Estados Unidos da América, mas com o militar português à frente a segurar a espada e o anjo nu africano numa figuração bastante menos discreta.
Pub. por Tiago Rodrigues e outros, como "Um polvorinho de marfim com cenas cinegéticas", in Herança, Revista de História e Património, vol. 1, nº 1, Ponte Editora, julho de 2018, p. 35 e como capa da monografia African Ivories in the Atlantic World, 1400-1900. Marfins Africanos no Mundo Atlântico, 1400-1900, Lisboa, Centro de História da Universidade de Lisboa, janeiro de 2021, Portugal.
Peças que, aparentemente, podem não ter sido terminadas, pois apresentar um anjo totalmente nu estava algo fora da época e, mais, para um objeto de exportação para o mercado católico europeu. Os militares apresentam capacetes do tipo morrião, devendo ser peça da segunda metade do XVI. Até à data, ao que saibamos, foram registadas pelo menos 41 trompas de marfim sapi e bini-portuguesas, assim como 63 saleiros - completos ou fragmentados - 3 pixides, 3 punhais ou cabos de punhais, 8 colheres e 3 garfos, todos eles da autoria dos escultores do Benim e da Serra Leoa, também provavelmente responsáveis pelas figuras de pedra ditas nomolis, mas numa outra qualidade.