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Arquipelago de Origem:
Lisboa (cidade)
Data da Peça:
2021-01-01
Data de Publicação:
28/05/2024
Autor:
Universidade de Lisboa
Chegada ao Arquipélago:
2024-05-28
Proprietário da Peça:
Universidade de Lisboa
Proprietário da Imagem:
Universidade de Lisboa
Autor da Imagem:
Universidade de Lisboa
African Ivories in the Atlantic World, 1400-1900. Marfins Africanos no Mundo Atlântico, 1400-1900, Lisboa, Centro de História da Universidade de Lisboa, janeiro de 2021, Portugal

Categorias
    Descrição
    African Ivories in the Atlantic World, 1400-1900. Marfins Africanos no Mundo Atlântico, 1400-1900,
    Coordenação de José da Silva Horta, Carlos Almeida e Peter Mark,
    Lisboa, Centro de História da Universidade de Lisboa, janeiro de 2021, Portugal

    Ilustração com fragmento de saleiro bini-português, com militar com capacete do tipo morrião de coleção particular portuguesa, 1550 (c.), peça de que há versão também em fragmento na coleção do Museu Nacional de Arte Africana (NMAfA, 2005-6-36), Washington D.C., Estados Unidos da América, com o militar português à frente a segurar a espada e o anjo nu africano numa figuração um pouco menos discreta. Aparentemente, estas peças podem não ter sido terminadas, pois apresentar um anjo totalmente nu estava algo fora da época e, mais, para um objeto de exportação para o mercado católico europeu. Os militares apresentam capacetes do tipo morrião, devendo ser peça da segunda metade do XVI. Até à data, ao que saibamos, foram registadas pelo menos 41 trompas de marfim sapi e bini-portuguesas, assim como 63 saleiros - completos ou fragmentados - 3 pixides, 3 punhais ou cabos de punhais, 8 colheres e 3 garfos, todos eles da autoria dos escultores do Benim e da Serra Leoa, também provavelmente responsáveis pelas figuras de pedra ditas nomolis, mas numa outra qualidade.
    O Centro de História da Universidade de Lisboa publicou esta obra coletiva dedicada à história da produção e circulação de esculturas africanas em marfim e de tráfico de marfim em bruto, reunindo contributos de autores da Europa, África e América, estes 21 estudos apresentam, entre outras, novas visões sobre o papel dos africanos na produção dos marfins, a sua relação com a escravatura ou o colonialismo. Os textos foram submetidos a um apertado crivo de avaliação científica por uma comissão de 40 especialistas independentes. Embora fosse um dos produtos mais importantes no comércio atlântico, a historiografia tem relegado o estudo desta matéria-prima para um plano secundário. Esquecido tem sido também o papel dos artistas africanos na escultura dos objetos trabalhados em marfim. A obra agora dada à estampa demonstra a importância do comércio do marfim, em bruto e trabalhado, e dos artistas africanos que o esculpiram. Pensa-se os marfins afro-portugueses, um corpus de objetos artísticos com características híbridas, como produções africanas, e identificam-se obras antes negligenciadas. A nova publicação surge no seguimento do projeto de investigação «Marfins Africanos no Mundo Atlântico: Uma Reavaliação dos Marfins Luso-Africanos», que decorreu entre 2016 e 2019, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia e sediado no Centro de História da Universidade de Lisboa. O trabalho desenvolvido terá seguimento com a criação de uma rede internacional de investigação, que irá reunir historiadores e outros especialistas dedicados ao estudo dos marfins africanos e ficará sediada no Centro de História da Universidade de Lisboa.