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Arquipelago de Origem:
Funchal
Data da Peça:
1930-00-00
Data de Publicação:
07/05/2024
Autor:
Manuel Constatntino e outros
Chegada ao Arquipélago:
2024-05-07
Proprietário da Peça:
Privado
Proprietário da Imagem:
Privado
Autor da Imagem:
Privado
História da Ilha da Madeira do doutor Manuel Constantino, tradução do P.e João Baptista de Afonseca com prefácio e anotações do P.e Fernando Augusto da Silva, Funchal, 1930, ilha da Madeira

Categorias
    Descrição
    Doutor Manuel Constantino, História da Ilha da Madeira
    Versão portuguesa do P.e João Baptista de Afonseca (1877-1947) com prefácio e anotações do P.e Fernando Augusto da Silva (1863-1949)
    Tipografia do Diário da Madeira, Funchal, 1930.
    Tradução da obra
    Insulae Materiae Historia, dedicada a Filipe II de Espanha (I de Portugal), Roma, 1599, Itália.

    Padre Manuel Constantino (?-1614), humanista, poeta e prosador, nasceu no Funchal, em data que se desconhece, e faleceu a 28 de novembro de 1614 em Roma, cidade onde foram publicadas, em latim, todas as suas obras. Cursou Filosofia na Univ. de Coimbra e doutorou-se em Teologia na Univ. de Salamanca. A partir de 1588, passou a ensinar Teologia no Colégio da Sapiência, em Roma, onde foi pregador dos três papas em cujo tempo viveu. Em 1599, publicou Insulae Materiae Historia, dedicada a Filipe II de Espanha (I de Portugal). A obra era um plágio, com alguns cortes, do livro do conde Giulio Landi (1498- 1579), intitulado Insulae Materiae Descriptio, sobre a ilha da Madeira, que visitara em 1526. Escrito em 1535, circularam várias cópias do mesmo, antes de ser impresso, em 1579, em Placência, na Itália. Este livro de Landi foi publicado em dois idiomas, o latim e o italiano, e dedicado à princesa D. Maria de Portugal (1538-1577), filha do infante D. Duarte (1515-1540) e neta do Rei D. Manuel (1569-1521), casada com Alessandro Farnese (1545-1592), duque de Parma e Placência. De acordo com a análise da obra feita pelo Prof. Silvano Peloso, o P.e Constantino teve o cuidado de “eliminar das páginas de Landi todos aqueles passos que caracterizam negativamente os Portugueses ou que são incompatíveis com a sua moral religiosa” (PELOSO, 1989, 191). Manuel Constantino assume como verdadeira a lenda de Machim e atribui a Robert Machim o início da colonização. A existência do texto do P.e Constantino estava referenciada na Biblioteca Lusitana, de Diogo Barbosa Machado (1682-1772), publicada em 1741 e 1758, e Álvaro Rodrigues de Azevedo (1825-1898), nas notas a As Saudades da Terra, de Gaspar Frutuoso (c. 1522-1591), publicadas em 1873, deu notícia disso. Desconhecia-se, porém, o paradeiro desse texto, que veio a ser encontrado, em 1928, em Viena de Áustria, por Harry Hinton (1857-1948), industrial inglês radicado na Madeira, que o adquiriu e ofereceu à Biblioteca Municipal do Funchal. Foi traduzido para português pelo P.e João Baptista de Afonseca (1877-1947) e impresso, em 1930, na Tipografia do Diário da Madeira, sob o título História da Ilha da Madeira. O opúsculo tem prefácio e anotações do P.e Fernando Augusto da Silva (1863-1949), que vai confrontando as afirmações do autor com a historiografia oficial. (Gabriel Pita in DEM 3)