Cabeça, desenho de Santa-Rita pintor, 1913 (c.), coleção privada, Lisboa, Portugal.
Categorias
Descrição
Cabeça.
Desenho a lápis sobre papel
Guilherme de Santa-Rita pintor (1889-1918), 1913 (c.),
Coleção Pitta e Cunha
Lisboa, Portugal
Guilherme Augusto Cau da Costa de Santa Rita ou Guilherme de Santa-Rita, mais tarde, apenas, Santa-Rita Pintor (Lisboa, 31 out. 1889-Idem, 29 abr. 1918) foi um pintor português, figura mítica da primeira geração de pintores modernistas portugueses. Nunca expôs em Portugal, mas esteve vários anos em Paris garantindo, com Amadeo de Souza-Cardoso (1887-1918), a primeira ligação efetiva às vanguardas históricas do início do século XX. Possuía uma muito especial relação com os irmãos Henrique (1883-1961) e Francisco Franco (1885-1955), havendo apontamentos na documentação do último a seu respeito, provavelmente pontuais empréstimos e tendo Francisco mantido no seu atelier, até falecer, um seu desenho de modelo vivo (1910), tal como uma caricatura do mesmo em Paris, em 1913. Santa-Rita morreu prematuramente, antes mesmo de completar 29 anos de idade, vitimado por tuberculose pulmonar, deixando ordem expressa para que todos os seus trabalhos fossem queimados, pelo que da sua obra da maturidade resta pouco mais que uma única pintura e um conjunto de reproduções rudimentares, a preto e branco, nas revistas Orpheu (1915) e Portugal Futurista (1917). De personalidade paradoxal, Santa-Rita era, segundo Mário de Sá-Carneiro (1890-1916), que se inspirou nele para um personagem de A confissão de Lúcio, 1914, "um tipo fantástico", "ultramonárquico", "intolerável" e "insuportavelmente vaidoso".