Último acto d'um valente, expulsão de Afonso Costa pelo major Sidónio Pais, bilhete-postal, Lisboa, 1918 (c.), Portugal
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Último acto d'um valente
Expulsão de Afonso Costa (1871-1937) pelo major Sidónio Pais (1872-1918)
Bilhete-postal, Lisboa, 1918 (c.)
Casa Comum, Fundação Mário Soares (1924-2017), Lisboa, Portugal.
Afonso Augusto Costa (Seia, 6 mar. 1871 - Paris, 11 maio 1937). Advogado, professor e escritor foi membro ativo do Partido Republicano, maçon, várias vezes chefe de governo e figura dominante e incontornável da Primeira República.
Sidónio Bernardino Cardoso da Silva Pais (Caminha, 1 de maio de 1872 - Lisboa, 14 de dezembro de 1918) foi o quarto presidente da República Portuguesa, sendo conhecido com o Presidente-Rei. Oficial de Artilharia e professor na Universidade de Coimbra, onde lecionou Cálculo Diferencial e Integral, defendeu ideais republicanos desde que frequentou a Universidade e numa altura em que a monarquia ainda vigorava, tendo pertencido por um curto espaço de tempo à maçonaria, embora não fosse um membro muito ativo. Depois da implantação da República, desempenhou vários cargos políticos: como vice-reitor da Universidade de Coimbra, na reitoria de Manuel de Arriaga (1840-1917), depois deputado, ministro do Fomento no governo de João Chagas (1863-1925), Ministro das Finanças no governo de Augusto de Vasconcelos Correia (1867-1951), e Ministro de Portugal em Berlim, onde se estabelece até que, em 9 de março de 1916 volta para Portugal devido ao facto de a Alemanha declarar guerra a Portugal. A 5 de dezembro de 1917 lidera um golpe de estado, contra a presença de Portugal na guerra contra a Alemanha e, a 27 de dezembro, toma funções como presidente da República, indo a votos posteriormente. O mandato legitimado pelo sufrágio tem início a 9 de maio de 1918, mas seria assassinado no final desse ano, tornando-se um dos grandes mitos românticos e revivalistas dos anos seguintes.