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Arquipelago de Origem:
Lisboa (cidade)
Data da Peça:
1914-04-00
Data de Publicação:
25/03/2024
Autor:
Vários
Chegada ao Arquipélago:
2024-03-25
Proprietário da Peça:
Câmara Municipal de Lisboa
Proprietário da Imagem:
Arquivo da Câmara Municipal de Lisboa
Autor da Imagem:
Não identificado
Projeto do monumento ao Marquês de Pombal, 4.º prémio, escultor Maximiano Alves e arquiteto Edmundo Tavares, Câmara Municipal de Lisboa, abril de 1914, Portugal

Categorias
    Descrição
    Projecto do monumento ao Marquês de Pombal, 4.º prémio,
    Escultor Maximiano Alves (Lisboa, 22 ago. 1888; 22 jan. 1954) e arq. Edmundo Tavares (Oeiras, 8 nov. 1892-Lisboa, 9 abr. 1983)
    Câmara Municipal de Lisboa, abril de 1914.
    Fotografia do Arquivo da Câmara Municipal de Lisboa, Portugal.

    O monumento em homenagem ao Marquês de Pombal (1699-1782) teve início numa subscrição pública, realizada em 1882 durante o reinado de D. Luís I (1838-1889), essencialmente por republicanos, em referência e homenagem à expulsão dos Jesuítas, no quadro de luta contra a quase hegemonia da Igreja Católica em toda a vida portuguesa, onde nunca se havia conseguido separar a Igreja do Estado. A instabilidade política da época, com o fim da monarquia, atrasou o processo de construção e só em 1913 é que foi lançado o concurso público para a edificação da estátua com perto de 40 metros de altura, ganhando o projeto do escultor Francisco dos Santos (1878-1930) e dos arquitetos Adães Bermudes (1864-1947) e António Couto (1874-1946), como foi publicado na revista Ilustração Portuguesa, n.º 427, Lisboa, 27 de Abril de 1914, p. 527, tendo um outro em que entrava o arquiteto Edmundo Tavares (1893-1982), que se radicaria depois na ilha da Madeira, ficado em 4.º lugar.
    Edmundo Tavares (Oeiras, 8 nov. 1892-Lisboa, 9 abr. 1983) Arquiteto e professor, foi discípulo de José Luís Monteiro (1848-1942), fez o curso da Escola de Belas Artes de Lisboa entre 1903 e 1913, expondo na SNBA, em 1915, projetos de Casas de Estilização Portuguesa, tendo sido premiado com várias medalhas de bronze e prata, e no final do curso, com o prémio da mais alta classificação de todos os cursos lecionados naquela escola. Foi quarto premiado no concurso do monumento ao Marquês de Pombal (1913); para os edifícios dos Paços do Concelho de Guimarães e do Porto (1916); galardoado com o prémio do concurso de pensionistas arquitetos no estrangeiro do legado Valmor em Paris (1919) e Roma (1922); terceiro premiado no concurso para a construção do Liceu Dr. Júlio Henriques, em Coimbra (1930). Foi arquiteto da Câmara de Lisboa desde 1914, passando pelo Funchal, entre 1932 e 1939, e da Figueira da Foz, a partir desse ano de 1939, mas trabalhando, sempre, paralelamente, na atividade liberal, pelo que alguns dos projetos do Funchal se encontram fora das datas de estadia na Madeira.