Andar superior do claustrim do convento da Madre de Deus de Lisboa, 1509 (c.) e seguintes, Museu Nacional do Azulejo, Lisboa, Portugal
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Descrição
Andar superior do claustrim do convento da Madre de Deus de Lisboa
Campanha de 1509 (c.) e seguintes
Convento da Madre de Deus, Museu Nacional do Azulejo.
Fotografia de Jéssica Fernandes.
Lisboa, Portugal.
O pequeno claustro do Convento da Madre de Deus é designado por “claustrim” devido às suas pequenas dimensões. Trata-se da parte mais antiga de todo o edifício, em estilo gótico renascentista tardio, tem piso em calcário, arcos ogivais e abriga em uma de suas galerias a Fonte de Santa Auta, uma das santas mártires de Lisboa. O convento foi fundado em 1509 pela rainha D. Leonor (1458-1525), mas nos finais do século XVII, o rei D. Pedro II (1648-1706) acudiu de novo às freiras clarissas do Mosteiro da Madre de Deus mandando-o reparar quase todo de novo. Para o efeito, chamou João Rebello de Campos, procurador da mitra do bispo de Viseu D. Jerónimo Soares (c. 1640-1695-1720), dado como detentor de uma especial capacidade para delinear plantas para edifícios, segundo Diogo Barbosa de Machado (1682-1772), que se socorreu das melhores oficinas de Lisboa, dando origem a um dos melhores conjuntos do barroco nacional.
O Museu Nacional do Azulejo, em Lisboa, é um dos mais importantes museus de Portugal, não só pela sua coleção ímpar no contexto internacional, pois que o azulejo é, verdadeiramente, uma expressão artística diferenciadora da cultura portuguesa, como pelo edifício em que se encontra instalado, desde sempre, ele próprio, um importante repositório do azulejo português e mesmo holandês, cujas encomendas para Portugal apresentam toda um caráter que localmente não tinham. O conjunto, mediante o seu espólio, tal como uma especial política de cativação de doações e de público, é um dos monumentos mais visitados do país e o museu nacional, ainda é detentor de inúmeras distinções internacionais.