Anúncio da Litografia Nacional de Inácio A. de Sousa, Porto.
Ilustração Madeirense, n.º 2, Funchal, junho de 1930
Direção do visconde do Porto da Cruz, Alfredo de Freitas Branco (1890-1962).
Propriedade da Companhia de Petróleos da Madeira, Ltd. (Secção de Propaganda), Rua do Phelps, 22, Funchal, Madeira.
Biblioteca de Rui Carita, Funchal, ilha da Madeira.
A revista
Ilustração Madeirense tinha uma periodicidade trimensal e deu à estampa 7 números, de dezembro de 1929 a julho de 1934. A revista era dirigida pelo intitulado Visconde do Porto da Cruz e propriedade da
Companhia de Petróleos da Madeira, que era também a editora. A partir do número 6, o Visconde passou a ser o seu proprietário, passando a ser também editor no número 7. A sua impressão e composição era feita no Porto, até ao nº 4:
Tipografia Porto Medico, Ltd. (nº 1);
Tipografia Sociedade de Papelaria, Lda. (nº 2);
Litografia Nacional (nº 3 e nº 4). O nº 5 foi composto no Funchal, na
Tipografia Esperança e os números 6 e 7 foram compostos e impressos na
Imprensa Lucas & C.ª, em Lisboa. A Administração era na Rua do Phelps, nº 22, mudando depois para a Rua dos Murças, 46, 2º. As capas e algumas das ilustrações foram da autoria de Max Römer (1878-1960) e muitas das fotografias incluídas na
Ilustração Madeirense eram de várias individualidades de visita à Ilha, como “S.A.R. o «Principe de Gales a desembarcar no cais da Pontinha, quando da sua recente visita pela Madeira” (nº 2) ou o Ministro da Marinha (Almirante J. de Magalhães Correa), acompanhado de diversas personalidades entre as quais o V.P.C. (nº 3) e ainda fotografias de interesse histórico e cultural, como “A visita do porta aviões francês «Bearn» à Madeira” (nº 2); “Uma grande largada de Pombos Correios do Funchal para as Canárias (380 milhas de mar)” (nº 4) ou até mesmo fotografias da inauguração da estátua de João Gonçalves Zarco (nº 7). Cf. Sílvia Gomes,
Memória e promoção cultural madeirense na obra do Visconde do Porto da Cruz, dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Gestão Cultural na Universidade da Madeira, orientação do professor doutor Paulo Miguel Fagundes de Freitas Rodrigues, Funchal, 2013, p. 133.
Alfredo António de Castro Teles de Meneses de Vasconcelos de Bettencourt de Freitas Branco (
1890-1962), como se nomeava, nasceu a 1 de janeiro de 1890, no Funchal, onde veio a falecer a 28 de fevereiro de 1962. Era filho de Luís Vicente de Freitas Branco e de Ana Augusta de Castro Leal Freitas Branco. Usava o título de 1.º
visconde do Porto da Cruz, que teria sido dado a um seu antepassado, Valentim de Freitas Leal Moniz Teles de Meneses Vasconcelos (1790-1879) ilustre representante da família Leal, do Porto da Cruz, bisavô materno de Alfredo de Freitas Branco, que não obstante, recusara tal titulo, logo que nunca o usou, título autorizado por D. Manuel II (1890-1932), no exílio, em abril de 1921, mas informação somente do intitulado visconde e reconhecido depois pelo Conselho da Nobreza, somente em 1949. Casou-se com Beatriz Manuela Tavares de Almeida Carvalho, de quem teve cinco filhos; Silvano José de Freitas Branco (1925-2013), seu filho, viria a usar o título de 2.º visconde do Porto da Cruz.