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Arquipelago de Origem:
Lisboa (cidade)
Data da Peça:
1934-00-00
Data de Publicação:
03/12/2023
Autor:
Franciso Franco e outros
Chegada ao Arquipélago:
2023-12-03
Proprietário da Peça:
Panteão dos Braganças de São Vicente de Fora
Proprietário da Imagem:
Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian
Autor da Imagem:
Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian/Diário de Notícias
Túmulo do rei D. Manuel II com baixo-relevo de Francisco Franco (atr.), 1934 (c.), Panteão da Casa de Bragança, Mosteiro de São Vicente de Fora, Lisboa, Portugal

Categorias
    Descrição
    Túmulo da rei D. Manuel II.
    (1889-1932)
    Mármore, 1933 (c.), baixo-relevo de Francisco Franco (1885-1955) (atr.), 1934 (c.)
    Com letras de ouro: Aqui Descansa em Deus / El Rei D. Manuel II / Que Morreu no Exílio / Bem Serviu a Pátria.
    Panteão da Casa de Bragança, Mosteiro de São Vicente de Fora, Lisboa, Portugal.

    D. Manuel II (Lisboa, 1889; Twickenham, Inglaterra, 2 jul. 1932). Filho de D. Carlos de Bragança (1863-1908) e de D. Amélia de Orleães (1865-1951), nasceu no Palácio de Belém e viu-se elevado ao trono de Portugal após o assassinato de seu pai e do seu irmão mais velho. Muito novo e não especialmente preparado para o lugar, pela sua correspondência teria feito o melhor possível, numa conjuntura totalmente desfavorável, não conseguindo suster a revolução republicana que o levou a fugir de Portugal a 5 de Outubro de 1910. Veio a casar com a princesa Augusta Vitória de Hohenzollern-Sigmaringen (1890-1966), em 4 set. 1913, mas de cujo casamento não houve descendência. Bibliófilo apaixonado, reuniu uma importante biblioteca portuguesa, especialmente rica em exemplares dos séculos XV e XVI, que depois, com muitos dos seus bens, legou a Portugal. A sua biblioteca foi integrada no palácio ducal de Vila Viçosa, tendo os seus bens pessoais constituído a Fundação D. Manuel II, em cuja presidência se encontra o atual duque de Bragança, D. Duarte Pius. Faleceu a 2 de julho de 1932 de angina diftérica fulminante, na propriedade inglesa onde nascera a sua mãe, sendo voz corrente que poderia ter sido igualmente assassinado, como o pai e o irmão, como sempre sustentou a rainha D. Amélia. O corpo do rei D. Manuel II foi transferido de sua casa no exílio, Fulwell Park, Twickenham, para a igreja de São Carlos, em Weybridge, onde permaneceu na cripta até ao funeral, que teve lugar na catedral de Westminster com a presença dos inúmeros amigos portugueses, reis e representantes das casas reais europeias, membros do governo britânico, embaixadores de Portugal, Brasil e França, Afonso XIII (1886-1941), ex-rei de Espanha, também no exílio e o Duque de Gloucester, Henrique de Inglaterra (1900-1974), também em representação do pai, Jorge V (1865-1936). Os seus restos mortais chegaram depois a Lisboa no cruzador britânico Concord a 2 de agosto seguinte, tendo tido funerais nacionais e ficando depositado no panteão da casa de Bragança, em São Vicente de Fora, embora o túmulo atual só tenha levantado cerca de um ano depois, por 1933 e devendo o baixo-relevo de Francisco Franco (atr.), ser de depois de 1934, pois que, entretanto, residia no Funchal, na ilha da Madeira.