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Arquipelago de Origem:
Emirados Árabes Unidos
Data da Peça:
1519-00-00
Data de Publicação:
Autor:
Vários
Chegada ao Arquipélago:
2023-11-07
Proprietário da Peça:
BNF
Proprietário da Imagem:
Universidade de Coimbra
Autor da Imagem:
Universidade de Coimbra
Mapa da Arábia, pormenor do Oceano Índico in Atlas Miller por Pedro Reinel, Jorge Reinel e António de Holanda Portugal, 1519, Biblioteca Nacional de França.

Categorias
    Descrição
    Mapa da Arábia.
    Pormenor do Oceano Índico in Atlas Miller por Lopo Homem (1497-1572), Pedro Reinel (c.1462-c.1542), o filho Jorge Reinel (c.1502-c.1572) e, ainda, o pintor miniaturista António de Holanda (1480/1500-c.1571), 1519
    Iluminura sobe velino 59 × 40,5 cm.
    Bibliothèque Nationale de France, département Cartes et plans, GE DD-683 (3 RES)
    Pub. in Os Portugueses no Golfo, 1507–1650, uma história interligada, The Portuguese in the Gulf, 1507–1650, an interlinked history, catálogo de exposição na Feira do Livro do Emirado de Sharjah, Emirados Árabes Unidos, 1–12 novembro 2023, com coordenação científica de José Pedro Paiva e Roger Lee de Jesus, apresentação/introdução de Ahmed Bin Rakkad Al Ameri, presidente da Sharjah Book Authority, Centro de História de Sociedade e Cultura da Universidade de Coimbra, Imprensa da Universidade, março de 2023, nº 21, p. 76.

    Após anos de segredo, o rei português D. Manuel I ofereceu um atlas a uma personalidade estrangeira importante, talvez a sua terceira esposa, a princesa castelhana e rainha D. Leonor, ou o Papa Leão X, em 1519. Mas é claro que o mapa dificilmente poderia ter sido utilizado a bordo de um navio. A maioria dos elementos representados são abstratos e simbólicos, mostrando a extensão e a qualidade das “descobertas” portuguesas na Ásia, e não a localização precisa dos detalhes geográficos. Provavelmente, D. Manuel I acreditava que a “Era do Messias” viria como consequência da “descoberta total” do globo, e isto motivou-o a ter muitos pormenores desenhadas pelo pintor António da Holanda, mesmo em áreas continentais que permaneceram intocadas pelos portugueses, como se apenas algumas coisas ficassem por revelar. Isto pode explicar porque há tantos rios e nomes de lugares em áreas que dificilmente são mais do que desertos. Mas alguns verdadeiros progressos parecem ter ocorrido entre 1517 e 1519. Note-se o número de ilhas com nomes e a representação correta de um braço lateral do Eufrates, possivelmente resultado da expedição de 1517 a Basrah. Contudo, esta cidade não aparece. [Zoltán Biedermann]
    Atlas português que recebeu o nome do seu último proprietário, o alfarrabista Bénigne Emmanuel Clement Miller (1812-1886), quando em 1897 foi adquirido pela Biblioteca Nacional de França. Teria sido uma oferta do rei D. Manuel (1469-1521) a Francisco I (1494-1547) de França, tendo passado à rainha D. Catarina de Médicis (1519-1598) que lhe mandou colocar as suas armas com a com a inscrição Hec est universi orbis ad hanc usqz diem cogniti / tabula quam ego Lupus homo Cosmographus / in clarissima Ulisipone civitate Anno domini nostri / Millessimo quigentessimo decimo nono jussu / Emanuelis incliti lusitanie Regis collatis pluribs / aliis tam vetustorum qz recentiorum tabulis mag / na industria et dilligenti labore depinxi.