Prato com as armas de Behaim e Kötzler, faiança do tipo majólica de Veneza, 1550 (c.), Itália.
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Descrição
Prato com as armas de Behaim e Kötzler.
Faiança do tipo majólica de Veneza, 1550 (c.), Itália
Fotografia de Sailko, 4 de novembro de 2011
Coleção privada não identificada.
Elemento, por certo, da família de Martin (II) Behaim (Nuremberga, 6 out. 1459-Lisboa, 29 jul. 1507), Martinho da Boémia ou Martin Behaim von Schwarzbach, Boemia, foi um cosmógrafo, comerciante e explorador que casou e viveu durante alguns anos na ilha do Faial, nos Açores. De uma família Boémia, apelido que utilizava, começou por se radicar em Malines, depois em Antuérpia, partindo em 1480 para Lisboa onde integra a comunidade mercantil internacional interessada na exploração ultramarina. Embarcou, em 1482, como cosmógrafo na armada de Diogo Cão (c. 1440-c. 1488) que explorava as costas de África e entrou no Rio Congo, devendo ter passado na viagem de retorno pelos Açores, em 1484, como se fazia e, em 1486, fixa-se na cidade da Horta, onde casa com Joana Macedo, filha do flamengo Jobst van Hürther (c. 1430-1495). Permanece na ilha do Faial até 1490, data em que se desloca a Nuremberga, em princípio, em negócios de família e onde, entre 1491 e 1493, constrói o seu célebre globo terrestre, que chamou Erdapfel, ou seja, "maçã da Terra" com o carpinteiro e pintor Georg Glokendon (c. 1464-1514). Regressou ao Faial em 1493, aí permanecendo até 1506, data em que se desloca a Lisboa, mas ali falecendo no ano seguinte.