Memória de Martinho Behaim e Joana Macedo van Hürther, 1514 (c.), Museu Nacional Germânico de Nuremberga, Alemanha
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Descrição
Memória de Martinho Behaim e Joana Macedo van Hürther.
(1459-1507)
Placa de candeeiro de teto, "Gedenkleuchter".
Técnica mista sobre pergaminho, 1514 (c.).
Germanisches Nationalmuseuk, Nuremberga, Alemanha.
Martin (II) Behaim (Nuremberga, 6 out. 1459-Lisboa, 29 jul. 1507), Martinho da Boémia ou Martin Behaim von Schwarzbach, Boemia, foi um cosmógrafo, comerciante e explorador que casou e viveu durante alguns anos na ilha do Faial, nos Açores. De uma família Boémia, apelido que utilizava, começou por se radicar em Malines, depois em Antuérpia, partindo em 1480 para Lisboa onde integra a comunidade mercantil internacional interessada na exploração ultramarina. Embarcou, em 1482, como cosmógrafo na armada de Diogo Cão (c. 1440-c. 1488) que explorava as costas de África e entrou no Rio Congo, devendo ter passado na viagem de retorno pelos Açores, em 1484, como se fazia e, em 1486, fixa-se na cidade da Horta, onde casa com Joana Macedo, filha do flamengo Jobst van Hürther (c. 1430-1495). Permanece na ilha do Faial até 1490, data em que se desloca a Nuremberga, em princípio, em negócios de família e onde, entre 1491 e 1493, constrói o seu célebre globo terrestre, que chamou Erdapfel, ou seja, "maçã da Terra" com o carpinteiro e pintor Georg Glokendon (c. 1464-1514). Regressou ao Faial em 1493, aí permanecendo até 1506, data em que se desloca a Lisboa, mas ali falecendo no ano seguinte.
O Museu Nacional Germânico de Nuremberga, Germanisches Nationalmuseum, foi fundado em 1852, pelo barão e antiquário Hans von Aufsess (1801-1872) e abriga o maior acervo do país de objetos relacionados com a cultura e arte alemãs, numa coleção de milhão e meio de peças, que se estende desde os tempos pré-históricos até os dias de hoje. As atuais instalações integram a antiga abadia e convento da Cartuxa de Nuremberga (Kartäuserkloster), dissolvida em 1525 e posteriormente utilizada para uma variedade de finalidades seculares. O moderno e arrojado projeto deve-se ao arquiteto Jan Störmer (1942-), executado entre 1988 e 1993, integrando o remanescente da antiga Abadia Cartuxa numa edificação de 3 e 4 pisos.