Efeitos do sismo de 1980, sé de Angra do Heroísmo, julho de 2023, ilha Terceira, Açores.
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Efeitos do sismo de 1980.
Fotografias do Museu de Angra do Heroísmo, 40 Anos Sismo 1980.
Exposição organizada pelo Centro Histórico e pela Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, janeiro de 2020.
Fotografia de 15 de julho de 2023
I Colóquio Internacional do Património e Turismo Militar, organizado pelo TECHN&ART – Centro de Tecnologia, Restauro e Valorização das Artes, do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), e o Museu de Angra do Heroísmo (MAH), com o apoio do Município Angrense
Galilé da sé de Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores.
No dia 1 de janeiro de 1980 ocorreu um sismo catastrófico no grupo central das ilhas dos Açores, no qual 73 pessoas faleceram e mais de 400 ficaram feridas, atingindo magnitude de 7,2 na escala de Richter e com epicentro localizado a cerca de 50 km a WNW de Angra do Heroísmo. Este sismo causou elevados danos materiais nas ilhas Terceira e de S. Jorge, e danos menores na ilha Graciosa. Mais de 15.000 edifícios ficaram total ou parcialmente destruídos. As freguesias mais afetadas foram Doze Ribeiras, Santa Bárbara, Serreta e Cinco Ribeiras, situadas na metade ocidental da ilha Terceira, e a freguesia do Topo, localizada na ponta oriental da ilha de São Jorge, onde atingiu intensidade máxima de VIII na Escala Macrossísmica Europeia (EMS-1998). O sismo de 1980 provocou um tsunami, felizmente, de fraca magnitude, somente detetado instrumentalmente pelos marégrafos de Angra do Heroísmo e da Horta, não provocando quaisquer danos.
A UNESCO enviara logo uma comissão à Terceira entre 23 e 31 de janeiro de 1980, 20 e poucos dias após o sismo que quase destruíra da cidade, para avaliar a destruição e, em 1981 foi apresentado o projeto de candidatura. O Centro Histórico de Angra do Heroísmo, foi classificado no dia 7 de dezembro de 1983 pela UNESCO, como Património da Humanidade, pelos critérios IV e VI: a sua importância como escala de rotas marítimas e o seu papel na aproximação das civilizações, tendo sido desde então objeto de cuidada atenção patrimonial.
A igreja do Santíssimo Salvador, foi mandada levantar em 1568 pelo cardeal D. Henrique (1512-1580), ao mestre Luís Gonçalves Cotta (c. 1530-1608), para substituir a anterior igreja matriz levantada em 1461 por Álvaro Martins Homem (c. 1430-1482) , e só seria benzida em 1618. Toda a fenestração é profunda, indiciando uma construção quase militar, com cubas a encimarem as escadas interiores que enquadram a capela-mor, como grande parte do estilo chão português, embora de certa monumentalidade, com o pormenor desta capela ainda ter deambulatório, o que estava já totalmente fora do seu tempo.