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Arquipelago de Origem:
Lisboa (cidade)
Data da Peça:
1934-01-08
Data de Publicação:
04/01/2023
Autor:
Censura
Chegada ao Arquipélago:
2023-01-04
Proprietário da Peça:
ABM/ARM
Proprietário da Imagem:
ABM/ARM
Autor da Imagem:
APCA
Ofício da Direção-Geral da Censura para o Governo Civil do Funchal sobre impresso clandestino atribuído ao padre Teixeira da Fonte, Lisboa, 8 de janeiro de 1934, Portugal

Categorias
    Descrição
    Ofício da Direção-Geral da Censura à Imprensa para o Governo Civil do Funchal sobre impresso clandestino atribuído ao padre Teixeira da Fonte
    (1902-1989)
    Lisb
    oa, 8 de janeiro de 1934
    ABM, GC, 1.ª repartição, proc. n.º 15,
    Funchal, ilha da Madeira


    Ofício que um manifesto –
    Julgamento dum Padre-Carta-Prevenção – supostamente escrito pelo P.e César Teixeira da Fonte, que, em novembro de 1933, o teria posto a circular sem o visto da censura. Neste ofício dos serviços centrais, dirigido ao governador civil do Funchal, é pedida a intervenção da polícia para proceder “às necessárias investigações e diligências para se obter um exemplar do referido impresso e bem assim se averiguar quem foi o seu autor e a tipografia onde foi impresso” . Na altura, Teixeira da Fonte era pároco do Faial; em 1936 foi preso e, mais tarde, enclausurado na prisão política de Caxias.
    César Teixeira da Fonte (Estreito de Câmara de Lobos, 29 Set. 1902; Lisboa, 18 Jun 1989). Aluno do Liceu do Funchal e do Seminário Diocesano, foi ordenado presbítero a 24 de Setembro de 1927. Desempenhou funções em várias paróquias da Madeira, tendo sido pároco do Porto Santo logo em 1927 e, no ano seguinte, da Calheta, em 1930 do Faial e 1934, da freguesia de São Roque do Faial. Foi nessa freguesia que se viu envolvido na complexa questão dos lacticínios, a chamada Revolta do Leite, em 1936, tendo então assumido a defesa dos seus paroquianos e acabando por ser preso com os mesmos no Lazareto do Funchal durante alguns meses, de onde seguiu para a prisão de Caxias. Regressaria à sua freguesia do Faial em 1938, mas no final desse ano partiria para Lisboa matriculando-se no curso de Direito, que acabaria em 1943. Foi desde 1938, pároco de São Sebastião da Pedreira, em Lisboa, onde acabaria os seus dias.