Image
Arquipelago de Origem:
Portugal
Data da Peça:
2022-12-00
Data de Publicação:
17/12/2022
Autor:
IAP
Chegada ao Arquipélago:
2022-12-17
Proprietário da Peça:
Mário e Rosa Varela Gomes
Proprietário da Imagem:
IAP
Autor da Imagem:
Joana Gonçalves/IAP
Cartão de Boas-Festas, IAP, dezembro de 2022, Instituto de Arqueologia e Paleo Ciências da Universidade Nova, Lisboa, Portugal

Categorias
    Descrição
    Cartão de Boas-Festas, IAP, dezembro de 2022
    Presépio em barro de Estremoz, 1980 (c.).
    Coleção Mário e Rosa Varela Gomes.
    Instituto de Arqueologia e Paleo Ciências da Universidade Nova, Lisboa, Portugal

    Os bonecos de barro de Estremoz foram incluídos na lista representativa do Comité Intergovernamental da UNESCO para Salvaguarda do Património Cultural Imaterial para a Educação, Ciência e Cultura, na sua 12.ª reunião, que decorreu na Coreia do Sul, em 7 de dezembro de 2017. Os artífices que hoje moldam o barro seguem, na sua essência, as referências deixadas pelos artesãos originais, que, ao contrário do que foi afirmado e divulgado durante muito tempo, não eram os famosos oleiros de Estremoz, mas sim na sua vastíssima maioria mulheres, como refere a ata da sessão de 31 de outubro de 1770 da Câmara Municipal de Estremoz. Com efeito a ficha de inscrição da Produção de Figurado em Barro de Estremoz à candidatura a Património Mundial Imaterial refere que as mulheres nem sequer tinham a sua atividade considerada como ofício de pleno direito, constituído enquanto corporação, tal era a condição feminina na época. Daí que as primeiras figuras conhecidas sejam santos populares de forte implantação devocional na região, como Santo António, São João Baptista, Nossa Senhora da Conceição ou Nossa Senhora com o Menino: são modelos de feição popular, resultado de as artífices serem mulheres sem qualquer tipo de educação erudita, tendo somente uma formação baseada na experiência pessoal.