Infante D. Henrique, bronze de Henrique Moreira, 1960, Museu de Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores.
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Descrição
Infante D. Henrique.
(1394-1460)
Miniatura de bronze de Henrique Moreira (1890-1979), 1960.
Estátua levantada nesse ano em Tomar.
(Inv. R.1989.1112)
Entrada do Museu de Angra do Heroísmo, antigo convento de São Francisco de Angra.
Calçada de São Francisco, Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores.
Henrique Araújo Moreira (1890-1979) foi um escultor portuense galardoado nacional e internacionalmente. Na sua vasta obra é manifesta a convergência de uma singular harmonia de linhas e de volumes, de uma correta euritmia e de uma expressividade naturalista que confere às obras uma imensa serenidade, bem patente nesta representação do Infante D. Henrique que integra a Unidade de Gestão de Belas Artes do Museu de Angra do Heroísmo. A atitude contemplativa do Infante, representado sentado com os olhos fixos no horizonte, com a capa insuflada por ação do vento, remetem para o seu papel de mentor dos Descobrimentos e fundador da mítica Escola de Sagres (Texto Museu de Angra do Heroísmo).
O Museu de Angra do Heroísmo é um museu de síntese, onde se procura refletir, ao mesmo tempo, uma história com os seus fatos e movimentos político-económicos marcados pelo domínio do Atlântico e uma cultura, nas suas múltiplas formas e significados gerados e moldados por uma existência insular. Apresenta quatro exposições de caráter permanente, a mais significativa das quais, “Do Mar e da Terra: uma história no Atlântico”, ocupa todo o piso superior do edifício, a par de uma reserva de transportes de tração animal dos séculos XVIII e XIX, outra de espécies em pedra e de dois outros espaços expositivos consagrados a exposições temporárias. A Igreja de Nossa Senhora da Guia, que integra o complexo do Edifício de São Francisco, funciona também como espaço museológico.
O mais importante Convento Franciscano dos Açores levantou-se na cidade de Angra, onde já existia uma pequena ermida com anexos, conjunto levantado quando do estabelecimento do primitivo convento do chamados Frades Menores na cidade, talvez ainda dos finais do século XV. O conjunto foi considerado exíguo na segunda metade do século XVII, após a independência de Portugal, na ilha Terceira e em especial em Angra, com uma muito particular expressão, pelo que se começou a ventilar a ampliação. O movimento de reconstrução do convento começou por 1663, tendo sido frei Naranjo o impulsionador e encarregado de reunir os donativos necessários às obras, que devem ainda ter sido iniciadas nesse ano. Três anos mais tarde os dormitórios e as oficinas do novo Convento Franciscano estavam concluídos e, a 6 de março de 1666, era colocada solenemente a primeira pedra do novo templo, que haveria de ter por oráculo Nossa Senhora da Guia. A 1 de outubro de 1672, concluídas as obras, procedia-se à bênção da nova igreja, pelo então bispo de Angra, D. Frei Lourenço de Castro, após procissão solene em que tomaram parte todas as autoridades da ilha. O interior da igreja ainda haveria de ser reformulado ao longo dos séculos XVIII e XIX. Com a extinção dos conventos viria a servir de Liceu e, depois, de Museu Regional, como serve nos dias de hoje.