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Arquipelago de Origem:
Óbidos
Data da Peça:
1320-00-00
Data de Publicação:
21/10/2025
Autor:
Mestres góticos de Alcobaça e José Aurélio
Chegada ao Arquipélago:
2025-10-21
Proprietário da Peça:
Câmara Municipal de Óbidos
Proprietário da Imagem:
Privado
Autor da Imagem:
Privado
Interior da capela de São Martinho de Óbidos, 1320 (c.) e 1331, Portugal

Categorias
    Descrição
    Interior da capela de São Martinho
    Mestres góticos do Mosteiro de Alcobaça, campanhas de 1320 (c.) e 1331
    Escultura do Orago de bronze pintado e dourado de José Aurélio (1938-), que entre 1969 e 1974 concebeu e orientou a Galeria Ogiva, em Óbidos.
    Fotografia de 2020,
    Largo de São Pedro, Óbidos, Portugal.

    Capela funerária familiar, situa-se defronte da Igreja de São Pedro e foi instituída em 1331 pelo padre Pêro Fernandes, prior da igreja de Santiago de Torres Vedras, vigário da Lourinhã e beneficiado da Sé de Lisboa. A sua construção, no entanto, parece datar de data anterior, cerca de 1320 e sendo terminada, depois, em 1331, constatando-se, em princípio, duas distintas campanhas de obras. O treslado de ordenação da capela passado em 1331 foi de novo passado em 1420, a pedido do neto do fundador, Lopo Martins do Rego (Memórias Históricas, Lisboa, 1985, p. 107). Na frontaria, rematada por cachorrada, destaca-se o pórtico ogival de três arquivoltas assentes sobre colunas de capitéis vegetalistas e encimado por uma inscrição gótica. No interior, coberto por abóbada nervada, encontram-se três túmulos em arcossólios ogivais, apresentando um deles uma espada esculpida. No exterior conservam-se ainda dois túmulos medievais, sendo o da direita armoriado com cinco escudos, parecendo as armas reais da primeira dinastia portuguesa. A existência dos túmulos de nobres e cavaleiros estará associada à inovação a São Martinho, santo-cavaleiro. As semelhanças de motivos arquitetónicos com o Mosteiro de Alcobaça são evidentes e é um dos mais significativos exemplares da arquitetura gótica em Óbidos. Em 1913, foi adquirida à família Lafeta, com propriedades na área, como a quinta dos Loridos na vila do Bombarral, por 50.000 réis pelo 2º. visconde de Sacavém (José Joaquim Pinto da Silva Sacavém, 1863-1928) e, tendo passado à posse do Estado em 1998, atualmente encontra-se afeta à Câmara Municipal de Óbidos.