Image
Arquipelago de Origem:
Lisboa (cidade)
Data da Peça:
1740-00-00
Data de Publicação:
13/10/2025
Autor:
Vários
Chegada ao Arquipélago:
2025-10-13
Proprietário da Peça:
MACAM Hotel
Proprietário da Imagem:
Manuel Correia
Autor da Imagem:
Manuel Correia
Bloco central da fachada do palácio dos condes e depois marqueses da Ribeira Grande, 1740 (c.) e seguintes, Rua da Junqueira, Lisboa, Portugal.

Categorias
    Descrição
    Bloco central do palácio dos condes e depois marqueses da Ribeira Grande
    Campanha de 1740 (c.) e seguintes.
    Fotografia de Manuel Correia, 2 de outubro de 2025.
    MACAM Hotel, Rua da Junqueira, Lisboa, Portugal.

    O inicial palácio foi construído no início do século XVIII pelos marquês de Nisa, D. Francisco Luís Baltasar da Gama (1637-1707), também 6.º conde da Vidigueira, por 1701, embora logo por 1730 (c.), o 4º marquês de Nisa (pelo seu casamento com a herdeira desta casa), D. Nuno Teles da Silva (1709-1739), venda o palácio a D. José Zarco da Câmara (1712-1757), 4º conde da Ribeira Grande, cujas armas ostenta, embora num trabalho mais recente. O conjunto teve então obras,  talvez por 1740 (c.), tendo sido pouco afetado pelo terramoto de 1755, mantendo assim a fachada principal tripartida, ordenada a partir do portão central,  com o pórtico de dois pisos, tal como mantém parte dos jardins e uma capela dedicada a Nossa Senhora do Carmo, com nave praticamente quadrada e retábulo-mor muito mais recente, da autoria de Máximo Paulino dos Reis (1781-1866). Já antes do terramoto de 1755 aqui residiam os condes da Ribeira Grande, nascendo no palácio, em 1754, o depois 6ª conde da Ribeira Grande, D. Luís António José da Câmara (1754-1802),  aqui devendo ter nascido e falecido o governador da Madeira D. José Manuel da Câmara (Lisboa, c. 1760; c. 1820). O conjunto voltou a ter obras com o 8º conde, D. Francisco de Sales Gonçalves Zarco da Câmara (1819-1872), por 1850, aqui lhe nascendo o seu 1º e único filho em 1852, voltando a ter obras pontuais logo a seguir, depois de setembro de 1855, quando recebe o título de marquês da Ribeira Grande e tendo sido alteradas as armas da fachada. Como escrito, aqui nasceu o célebre engenheiro, escritor, poeta e dramaturgo D. João Gonçalves Zarco da Câmara (1852-1906),  pelo que a Câmara Municipal de Lisboa, em 1922, mandou lavrar uma placa em sua homenagem. Em 1939 daria lugar ao Liceu D. João de Castro, posteriormente denominado Liceu Rainha Dona Leonor e Liceu Rainha Dona Amélia, mas imóvel depois mais de 50 anos devoluto. A partir de 2021 foi desenvolvido um inovador projeto de um hotel de cinco estrelas articulado com um museu de arte contemporânea, constituído com a coleção privado do engenheiro Armando Martins (MACAM) e montado numa ala à parte, conjunto inaugurado a 22 de março de 2025, trazendo um conceito novo que combina arte contemporânea com um hotel de luxo.