Arquipelago de Origem:
Estado Português da Índia
Data da Peça:
1638-00-00
Data de Publicação:
03/10/2025
Autor:
Pedro Dias Bocarro
Chegada ao Arquipélago:
2025-10-04
Proprietário da Peça:
Museu do Castelo da Boa Esperança
Proprietário da Imagem:
Manuel Ribeiro de Faria
Autor da Imagem:
Manuel Ribeiro de Faria
Data da boca de fogo de Pedro Dias Bocarro de 1638, Museu Militar do Castelo da Boa Esperança, cidade do Cabo, África do Sul.
Categorias
Descrição
Data da boca de fogo de Pedro Dias Bocarro
(c. 1575-c. 1638)
Bronze, 311,2 cm.
Pedro Dias Bocarro, Goa, 1638
Boca de fogo que ainda ostenta as armas de Portugal da época de transição de D. João III (1502-1557) para o neto D. Sebastião (1554-1578), encimadas por coroa aberta, o que depois da tomada de posse deste último, em 1577, quase se não regista no território continental.
Fotografia de coronel Manuel Ribeiro de Faria
Museu Militar do Castelo da Boa Esperança, cidade do Cabo, África do Sul.
Pedro Dias Bocarro (c. 1575-c. 1638) foi mestre da fundição de artilharia de bronze do Estado da Índia, nomeado por 1588, substituindo seu pai, Francisco Dias, o que foi depois confirmado por Filipe II por carta régia de 12 out. 1590. Era assim de uma família de grandes fundidores da Índia, muito provavelmente "cristão novo" e de origem judaica, sendo pai de Manuel Tavares Bocarro (Act. 1625 a 1652), fundidor em Macau. Restam algumas das suas belíssimas peças, assinadas como P. DIAS e PDB, espalhadas por locais tão diversos como Portugal, França (vinda do Gabão), Inglaterra, Brasil, Diu, Malásia, Zanzibar, África do Sul, e alguns sinos (torre da matriz de Ternate, sé de Goa e igreja de São Pedro de Malaca, fundições de 1603, 1605 e 1608).
A peça existente na África do Sul encontra-se à saída do Museu Militar da cidade do Cabo e tem a data de 1638, bastante posterior a 1622 e 1623, datas das suas últimas peças conhecidas. Foi fundida em Goa, possivelmente com o cobre proveniente de Macau num dos navios ingleses contratados (o London) que conseguiu furar o bloqueio holandês no Estreito de Malaca e trazer artilharia do Oriente. Foi recuperada de um dos naufrágios, provavelmente do Atalaia, de 1647, e adquirida pelo Museu. (Cor. Armando Cação)
(c. 1575-c. 1638)
Bronze, 311,2 cm.
Pedro Dias Bocarro, Goa, 1638
Boca de fogo que ainda ostenta as armas de Portugal da época de transição de D. João III (1502-1557) para o neto D. Sebastião (1554-1578), encimadas por coroa aberta, o que depois da tomada de posse deste último, em 1577, quase se não regista no território continental.
Fotografia de coronel Manuel Ribeiro de Faria
Museu Militar do Castelo da Boa Esperança, cidade do Cabo, África do Sul.
Pedro Dias Bocarro (c. 1575-c. 1638) foi mestre da fundição de artilharia de bronze do Estado da Índia, nomeado por 1588, substituindo seu pai, Francisco Dias, o que foi depois confirmado por Filipe II por carta régia de 12 out. 1590. Era assim de uma família de grandes fundidores da Índia, muito provavelmente "cristão novo" e de origem judaica, sendo pai de Manuel Tavares Bocarro (Act. 1625 a 1652), fundidor em Macau. Restam algumas das suas belíssimas peças, assinadas como P. DIAS e PDB, espalhadas por locais tão diversos como Portugal, França (vinda do Gabão), Inglaterra, Brasil, Diu, Malásia, Zanzibar, África do Sul, e alguns sinos (torre da matriz de Ternate, sé de Goa e igreja de São Pedro de Malaca, fundições de 1603, 1605 e 1608).
A peça existente na África do Sul encontra-se à saída do Museu Militar da cidade do Cabo e tem a data de 1638, bastante posterior a 1622 e 1623, datas das suas últimas peças conhecidas. Foi fundida em Goa, possivelmente com o cobre proveniente de Macau num dos navios ingleses contratados (o London) que conseguiu furar o bloqueio holandês no Estreito de Malaca e trazer artilharia do Oriente. Foi recuperada de um dos naufrágios, provavelmente do Atalaia, de 1647, e adquirida pelo Museu. (Cor. Armando Cação)