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Arquipelago de Origem:
Terceira (Açores)
Data da Peça:
1780-00-00
Data de Publicação:
29/07/2023
Autor:
Oficina local ou continental
Chegada ao Arquipélago:
2023-07-29
Proprietário da Peça:
Museu de Angra do Heroísmo
Proprietário da Imagem:
Rui Carita
Autor da Imagem:
Rui Carita
Grande Candelabro das Trevas ou tenebrário, 1780 (c.), igreja de Nossa Senhora da Guia e Museu de Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores

Categorias
    Descrição
    Grande Candelabro das Trevas ou tenebrário
    Madeira entalhada, dourada e policromada de oficina local ou continental, 1780 (c.),
    Um tenebrário é um candelabro de forma triangular com 13 ou 15 velas, dispostas escalonadamente, que se vão apagando progressivamente durante o ofício religioso de Sexta-feira Santa. Neste ofício são lidos os salmos do profeta Jeremias, e o tenebrário fica no presbitério. As suas velas, de cera amarela, vão sendo apagadas uma a uma no final de cada salmo de matinas e laudes, começando pelo ângulo inferior direito, ficando acesa apenas a mais alta, denominada “galo das trevas”, que em alguns sítios costuma ser de cor branca.
    Fotografia de 14 de julho de 2023
    I Colóquio Internacional do Património e Turismo Militar, organizado pelo TECHN&ART – Centro de Tecnologia, Restauro e Valorização das Artes, do Instituto Politécnico de Tomar (IPT), e o Museu de Angra do Heroísmo (MAH), com o apoio do Município Angrense, 12 a 16 de julho de 2023.
    Igreja de Nossa Senhora da Guia e Museu de Angra do Heroísmo.
    Calçada de São Francisco, Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores.

    O mais importante Convento Franciscano dos Açores levantou-se na cidade de Angra, onde já existia uma pequena ermida com anexos, conjunto levantado quando do estabelecimento do primitivo convento do chamados Frades Menores na cidade, talvez ainda dos finais do século XV. O conjunto foi considerado exíguo na segunda metade do século XVII, após a independência de Portugal, na ilha Terceira e em especial em Angra, com uma muito particular expressão, pelo que se começou a ventilar a ampliação. O movimento de reconstrução do convento começou por 1663, tendo sido frei Naranjo o impulsionador e encarregado de reunir os donativos necessários às obras, que devem ainda ter sido iniciadas nesse ano. Três anos mais tarde os dormitórios e as oficinas do novo Convento Franciscano estavam concluídos e, a 6 de março de 1666, era colocada solenemente a primeira pedra do novo templo, que haveria de ter por oráculo Nossa Senhora da Guia. A 1 de outubro de 1672, concluídas as obras, procedia-se à bênção da nova igreja, pelo então bispo de Angra, D. Frei Lourenço de Castro (c. 1620-1684), após procissão solene em que tomaram parte todas as autoridades da ilha. O interior da igreja ainda haveria de ser reformulado ao longo dos séculos XVIII e XIX. Com a extinção dos conventos viria a servir de Liceu e, depois, de Museu Regional, como serve nos dias de hoje.
    O Museu de Angra do Heroísmo é um museu de síntese, onde se procura refletir, ao mesmo tempo, uma história com os seus fatos e movimentos político-económicos marcados pelo domínio do Atlântico e uma cultura, nas suas múltiplas formas e significados gerados e moldados por uma existência insular. Apresenta quatro exposições de caráter permanente, a mais significativa das quais, “Do Mar e da Terra: uma história no Atlântico”, ocupa todo o piso superior do edifício, a par de uma reserva de transportes de tração animal dos séculos XVIII e XIX, outra de espécies em pedra e de dois outros espaços expositivos consagrados a exposições temporárias. A Igreja de Nossa Senhora da Guia, que integra o complexo do Edifício de São Francisco, funciona também como espaço museológico.