Culatra móvel de berço de bronze provavelmente da nau Esmeralda de Vicente Sodré, 1500 (c.), ilha Al Hallaniyah, sultanato de Omã
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Descrição
Culatra móvel de berço de bronze.
Arsenal de Lisboa, Sebastião de Cobris (?), 1500 (c.)
Dada como levantada pela equipa de David Mearns, Blue Water Recoveries, meados de 2015.
Provavelmente da nau Esmeralda de Vicente Sodré, afundada em maio de 1503.
Fotografia de Eisa Yousif, Kuwait, 13 de janeiro de 2020
Ilha Al Hallaniyah, sultanato de Omã.
A descoberta da nau Esmeralda foi anunciada março de 2016 pelo Ministério do Património e da Cultura (MPC) de Omã. A nau que fazia parte de uma armada de Vasco da Gama na rota da Índia, comandada por Vicente Sodré, terá naufragado em maio de 1503 ao largo da ilha Al Hallaniyah e com ela, a também nau São Pedro, comandada pelo irmão de Vicente, Brás Sodré, ambos tios de Vasco da Gama. Os trabalhos estavam equacionados desde 2014, pelo menos, mas vieram a ser atribuídos a David Mearns, explorador responsável pela empresa Blue Water Recoveries, David Parham, arqueólogo da universidade de Bournemouth, e Bruno Frohlich, antropólogo do Museu Nacional de História Natural, Smithsonian Institute, Washington. Quanto aos artefactos exumados, na ordem dos 2.800 objetos, que segundo os investigadores permitem identificar o navio naufragado como o Esmeralda, incluem um Índio, rara moeda de prata que D. Manuel I terá mandado fazer e do qual só existirá mais um exemplar, no Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro. Este achado levanta as maiores dúvidas aos especialistas, pois as armas representadas não correspondem às de D. Manuel nem às do único exemplar até agora conhecido. Muito poucos objetos se encontram ainda divulgados.